10.1 Os Mandamentos

10.1.1     EXISTÊNCIA E SENTIDO DA LEI DE DEUS

·       O apostolo Paulo escreveu na sua epístola aos Romanos: “o homem não foi feito para a lei, mas a lei foi feita para o homem”.

·       Na Primeira Epístola  de João 5, 3-4: Pois o amor de Deus consiste em guardar seus preceitos. Seus mandamentos não são pesados, porque tudo que é gerado por Deus vence o mundo, e a nossa fé é a vitória que venceu o mundo”.

·       Quando Deus publicou os seus 10 mandamentos não quis criar um duro jogo para escravizar o maltratar o homem. Ao invés disso, Deus deu os seus mandamentos para que o homem pudesse viver e crescer em harmonia e liberdade.

·       No livro profético de Ezequiel, Deus explica que a lei, dada nos seus mandamentos, tem o  sentido de fazer com que o homem seja mais homem, onde Ele que dar ao ser humano a possibilidade de vida digna e honrada: “ derramarei sobre vós o meu espírito, fazendo que obedeçais às minhas leis e sigais os mês preceitos. E minha lei será a vossa alegria e a delícia (Ez 36, 27).

·       Os mandamentos divinos são  uma luz, são os marcos que indicam ao homem o caminho para a verdade, liberdade e felicidade.

10.1.2     OS DOIS GRANDES MANDAMENTOS (que encerram todo os outros)

w     “Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor como eu também guardei os mandamentos de meu Pai e permaneço no seu amor” (Jo 15,10)

w     Quais são os mandamentos de Jesus? São dois. O amor ao próximo e o amor a Deus. Mas, como o próprio Jesus diz nos Evangelhos sinóticos, trata-se de um amor só. Com o mesmo movimento com que amamos a Deus, devemos amar também os outros. Por isso se entende a frase de Jesus: se guardarmos os seus mandamentos, permaneceremos no seu amor. Em outras palavras, quem ama e se mantém fiel ao amor só pode herdar o amor de Jesus.

w      “Destes dois mandamentos dependem toda Lei e os Profetas” (Mt 22,40).


w     A que mandamentos Jesus está se referindo não é preciso perguntar. Todos sabemos dos dois grandes mandamentos do amor, que se resumem em um único e do qual depende toda Lei e toda a palavra dos Profetas, isto é, toda a revelação do Antigo Testamento. Resumem-se em um só, pois não é possível separar o amor a Deus do amor ao próximo. Como nos adverte S. João na sua 1.ª Epistola: “Deus é amor. Quem diz que ama a Deus que não vê e não ama o irmão que vê é mentiroso”  (1Jo 4,20).

w     Quem se sabe amado por Jesus sente-se livre de todas as ameaças e de todos os perigos. Se alguma coisa ocorrer, ocorre no amor de Jesus. E ocorrendo no amor de Jesus, ocorre para o nosso bem, mesmo quando não lhe captemos a lógica e o sentido visível.

w     Neste sentido nada mais libertador que o amor. Mais ainda, a experiência do amor nos confere a sensibilidade de perceber o que agrada e que desagrada a Deus. Não se trata de seguir normas éticas e morais. Estas não ficam invalidadas. Mas quem ama de verdade a Deus e se sente amado por Deus, se orienta não por códigos elaborados, mas pelo instinto do amor. Este instinto é infalível. Ele nos diz, em cada momento, o que é bom para nós e para Deus. É uma sintonia fina e sutil, somente compreensível por aqueles que desenvolveram o espírito de finura e superaram o espírito de geometria, do cálculo e da observância das normas. É a presença do Espírito Santo que nos sopra, nos conduz e nos afirma com o senso de Deus e de seu amor para além de toda a medida.

w     Espírito Santo, Espírito de amor e de finura, dá-nos o Teu dom para que possamos amar a Deus e os outros com plena liberdade, sentindo Tua presença em nós e conduzindo-nos em cada momento na justa medida e no momento certo. Amém.

10.1.3     OS MANDAMENTOS

Primeiro Mandamento – Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a alma e com todas as tuas forças” (Dt 6,5)- “Não terás outro Deus além de Mim”.

 

 


w     Este mandamento convida o homem a crer em Deus, a esperar nele e a amá-Lo acima de tudo e de todos.

w     O homem tem o dever de cultuar e adorar a Deus, tanto individualmente quanto em sociedade.

w     A superstição é um desvio do culto que rendemos ao verdadeiro Deus, demonstrado na idolatria, na adivinhação e na magia.

w     Os que colocam sua confiança e razão de ser em outros deuses são idólatras, pois prostando-se em adoração dos falsos ídolos praticam a idolatria, que é abominada por Deus, sendo hoje em dia muito praticada através do culto da televisão, do prazer e do dinheiro, da soberba e do orgulho, dos divertimentos e da impureza, do egoísmo e do ódio (violência), e do culto que é dado a Satanás (seitas, feitiçaria, bruxaria, espiritismo, etc.). Enfim negar o culto devido a só a Deus para dá-los a criaturas (HOMEM) e ao próprio Satanás.


w     São também pecados contra o primeiro mandamento: o ateísmo, o sacrilégio (pecado grave contra a religião ou contra as coisas sagradas; e profanação de lugares, objetos e pessoas que apresentam caráter sagrado), a simonia (compra ou venda ilícita de coisas espirituais, como indulgências e sacramentos; ou temporais ligadas às espirituais, como os benefícios eclesiásticos) e a ação de tentar a Deus, seja por palavras ou por atos(1 Cor10, 13 e em Mt 4,7 – Jesus lhe disse: “Também está escrito, Não tentarás o Senhor teu Deus ”).

w      No evangelho de Mateus (15, 8-9), está escrito: “Este povo somente me honra com os lábios: seu coração, porém, está longe de Mim. Vão é o culto que Me prestam, porque ensinam preceitos que só vem dos homens!”.

“Segundo Mandamento –” Não jurar seu Santo Nome em vão “.(EX 20,7; Dt 5,11)

 

 


w     O senhor não terá por inocente o que tomar o Seu Nome em vão. “Santificado seja o vosso Nome”. Não nominar o nome de Deus em vão. Não jurar pelo nome de Deus, nem pelo Céu que é Seu trono, nem pela Terra que é o escabelo dos seus pés.

w     Este mandamento prescreve respeitar o Nome do Senhor que é santo. Proíbe, assim, o uso impróprio ou injurioso do Nome de Deus.O juramento falso invoca Deus como testemunha de uma mentira, e por isso, é falta grave. “EU SOU AQUELE QUE SOU”, ou seja, não existe outro nome abaixo ou acima dos céus. Aqui cabe também “e não blasfemar o nome de Deus e do seu Cristo de tanto modos enganosos e diabólicos, até reduzir o Seu Nome a uma “marca” comercial indecorosa e fazer filmes  sacrílegos sobre a Sua Vida e a Sua Divina pessoa” (MSM 3.6.89).

w     Os Privilégios, a IMAGEM e a Santidade da Virgem Maria, Mãe de Jesus Cristo devem ser também respeitados e venerados, evitando assim, as falsas interpretações humanas e adaptações racionalistas, bem como o nome e a vida dos Santos de Deus.

w     “Que o nome de Deus não esteja sempre na tua boca, e que não mistures nas tuas conversas o nome dos santos, porque nisso não estarás isento de culpa”(Eclo 23,10).

“Terceiro Mandamento –” Guardar Domingos e festas “.

 

 


w     Guardar os Domingos, os Dias Santos e as Festas de preceito. O Sábado, que biblicamente representava o término da Criação (descanso de Deus), foi substituído pelo Domingo, dia da ressurreição de Cristo.

w     No Domingo e também nos dias de festas de preceito, os fiéis devem participar da Santa Missa, abstendo-se das atividades e negócios que impeçam o culto a Deus. A instituição do Domingo contribui para que todos tenham tempo de repouso e lazer suficientes para lhes permitir cultivar sua vida familiar, cultural, social e religiosa.

w     O Dia do Senhor é um dia abençoado, e deve ser santificado, ou seja, não transformar o Domingo em “week end”, no dia do esporte, das corridas, dos divertimentos, do trabalho e dos negócios.

w     No livro do Êxodo (20. 9) está escrito: “Trabalharas durante seis dias, e farás toda a tua obra. Mas no sétimo dia, que é um repouso em honra do Senhor teu Deus, não farás trabalho algum”.


“Quarto Mandamento –” Honra teu pai e tua mãe “ (Dt 5,16; Mc 7,8)”.

 

 


w     Este é único mandamento que é acompanhado de uma promessa do Senhor: “Honra teu pai e tua mãe, para que sejas feliz e tenha longa vida sobre a terra” (Dt 5,16).

w     Ele prescreve o fundamento da instituição da família, na visão do Deus Pai, através do Sacramento do Matrimônio, ficando, portanto, excluídos novos modelos de família fundados sobre convivência, a união livre, etc., clandestinamente, alheios ao sacramento. Deus deu autoridade aos pais sobre os filhos, para o próprio bem deles.

w     O casamento e a família estão ordenados para o bem dos cônjuges, a procriação e a educação dos filhos, no temor ao Senhor. Os pais são os primeiros responsáveis pela educação dos filhos, provendo-os de sua necessidades físicas e espirituais, inclusive a transmissão da fé, da oração e das virtudes, e também devem favorecer a vocação de seus filhos no seguimento a Cristo.

w     São deveres dos filhos quanto aos seus pais: respeito, gratidão, ajuda e justa obediência aos seus princípios, conselhos e orientações, evitando quando possível as más companhias, que desvirtuam a boa educação e corrompem os bons costumes que recebemos dos nossos pais.

w     27 Honra teu pai de todo o coração, e não esqueças as dores de parto de tua mãe. 28 Lembra-te de que por eles foste gerado: como lhes retribuirás o quanto te deram?”  (Eclo 7, 27-28).

“Quinto Mandamento –” Não matarás “.(Ex 20,13)

 

 


w     Desde o momento da concepção até a morte, a vida humana é sagrada já que foi criada à “imagem e  semelhança” de Deus vivo e Santo.

w     Por isso, assassinar um ser humano ou tirar a própria vida é gravemente contrário à dignidade da pessoa e à santidade do Criador, exceto quando em legítima defesa, quando se tira de um opressor injusto a sua possibilidade de prejudicar.

w     Significa este mandamento, observar e acatar o respeito devido ao valor da vida humana, desde sua origem (concepção) até o término do curso natural da vida terrena, seja ela por velhice, doenças, acidentes, etc., sem, contudo, legitimar e utilizar outros meios "artificiais", clandestinos e perversos para tirar a vida natural dos seres humanos.

w     Conforme está escrito no Evangelho de Mateus (5, 21-22): “Ouvistes o que foi dito aos antigos: Não matarás. Aquele que matar terá de responder ao tribunal”. Eu porém vos digo: todo aquele que se encolerizar contra seu irmão terá de responder no tribunal“.

“Sexto  Mandamento –” Não cometerás adultério “.(Ex 20,14; Dt 5,17)

 

 


w     O Amor é a vocação  fundamental e originária do ser humano. Conforme distribuído por Deus, cada um deve reconhecer e aceitar sua identidade original, conforme a lei natural da Criação de Deus que é sábia e imutável. A aliança que os esposos contraíram livremente, implica um amor responsável e fiel, que obriga a um casamento indissolúvel.


w     Este mandamento prescreve que cada pessoa segundo seu próprio estado de vida, leve uma vida de castidade, da qual Jesus é modelo perfeito, ou seja, abstendo-se de práticas íntimas clandestinas, antes ou fora da união conjugal que se realiza com o Sacramento do Matrimônio.

w     Todo indivíduo batizado é chamado a levar uma vida casta, incluindo a aprendizagem do domínio pessoal. A observância da castidade implica também em que qualquer “forma de impureza” (fornicação, adultério, pornografia, livre união, etc.) não deve ser justificada, exaltada, acatada e propagada, a po0nte de justificar até os atos contra a natureza (homossexualismo).

w     A castidade do corpo e da alma implica ainda em usar de disciplina e pureza nas palavras, nas conversas, nas atitudes, gestos, no fazer (diversão, programas, cinemas, etc. ) seguindo os princípios da moral cristã, não se conformando, contudo, com o que o “mundo”apresenta.

w     Todo pecado se comete fora do corpo, mas o da impureza é uma usurpação contra a integridade do próprio corpo, porque mancha e destrói o “templo”onde Deus soprou o Seu Espírito Santo, devendo portanto, ser conservado na pureza e na castidade.

w     “Bem-aventurados os puros de coração, porque verão Deus” ( Mt 5,8).

“Sétimo  Mandamento –” Não roubarás“  (ex 20,15; Dt 5,19 e Mt 19,18)

 

 


w     Este mandamento prescreve a prática da justiça e da caridade na administração dos bens terrenos e dos frutos do trabalho humano. Implica em não usurpar ou tirar um bem ou coisa que é de outrem contra a vontade do proprietário, trabalhando por conseguinte, para não difundir cada vez mais os furtos, a violência, os seqüestros, e os roubos: assim como evitar quaisquer formas de desonestidades que se comete contra o “próximo”, desrespeitando sua dignidade pessoal.

w     Todas formas de servidão humana são proibidas na lei moral, pois, o homem não é um mero objeto, bem como, os maus tratos dados aos animais irracionais.

w     Quanto a “esmola” dada aos pobres, é um testemunho de caridade fraterna e também prática de justiça que agrada a Deus.

w     “Ao ladrão estão reservados a confusão e arrependimento” .(Eclo 5,6)

“Oitavo  Mandamento –” Não prestarás falso testemunho contra  teu  próximo“ (Ex 20,16)

 

 


w     Este mandamento implica em praticar a virtude da VERDADE, mostrando-se verdadeiro no agir e no falar, usando de lealdade e caridade para com o próximo, afastando-se do sensacionalismo, duplicidade, simulação e hipocrisia (OBS.: a verdade dita sem nenhum propósito, que humilha e ridiculariza o “próximo”deve ser evitada, devendo-se usar da discrição e boa educação, conforme se apresentarem as circunstâncias, ou seja, usar de moderação e disciplina no falar).

w     A mentira consiste em dizer o que é falso, com a intenção de querer enganar ou prejudicar o irmão, que tem direito a verdade.

w     A IGREJA orienta para que os meios de comunicação social sejam usados com moderação e disciplina porque a sociedade tem direito a uma informação fundada na verdade, na liberdade e na justiça. E ainda implica, na observância de que não se propague cada vez mais a lei do engano, da mentira, da falsidade.


w      “Nenhuma palavra má saia da vossa boca, mas só a que for útil para a edificação, sempre que for possível, e benfazeja aos que ouvem” (Efésios 4,29)

w     Conforme está escrito na 1.ª Epístola de São Pedro (3, 8-11): “Com efeito, quem quiser amar a vida e ver dias felizes, refreie sua língua do mal e seus lábios de palavras enganadoras; aparte-se do mal e faça o bem, busque a paz e siga-a “.

“Nono  Mandamento –” Não cobiçarás  a mulher do próximo“ (EX 20,17)

 

 


w     Este mandamento adverte contra a concupiscência carnal, entendendo-se que não se deve cobiçara a filha, a esposa, a namorada, a companheira, a serva, etc. do próximo, seguindo a mesma linha de discernimento na condição oposta, distinguindo porém, em cada criatura humana a “imagem e semelhança”de Deus.

w     Essa luta exige a pureza de coração, a pratica da castidade, a pureza de intenção e do olhar, o pudor.

w     Devemos nos lembrar que “somente aqueles que tiverem o coração puro é que verão a Deus (“Mt 5,8). Então, “Adão pôs à sua mulher o nome de EVA, porque ela era a mãe de todos os viventes“(Gênese 2,18 e 3,20).

“Décimo  Mandamento –” Não cobiçarás… coisa alguma que pertença ao teu  próximo“  (Ex 20,17 e Dt 5,21)

 

 


w     Aqui neste mandamento está prescrito que não é legitimo e oportuno, cobiçar e querer os bens ou “direito” que pertençam ao próximo, tais como: a casa, o carro, o boi, o jumento, a propriedade, a mulher, o servo, a serva, etc., os quais, foram conquistados por direito, ou com o suor do seu trabalho.

w     Este mandamento proíbe a ambição desregrada, nascida da paixão imoderada das riquezas e do poder, que leva a um vício capital: a inveja, que pode ser combatida pela benevolência, humildade, confiança e abandono à Providência Divina.

w     O desapego das riquezas é requisito essencial para entrar no Reino dos Céus (Lc 6,20). Deus é um Pai exigente em relação à salvação das almas, mas é também muito zeloso no que se refere ao bem-estar material dos seus filhos providenciando bens materiais de que necessitam.

w     “Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e a Sua Justiça e tudo o mais vos será dado com acréscimo”, porque “Vosso pai Celeste sabe do que necessitais”(Mt 6, 32-33).

10.1.4     O PECADO

A)      Pecado Pessoal

w        Aos efeitos do pecado original deve-se acrescentar o pecado pessoal, o pecado cometido por um indivíduo. Pecamos pessoalmente toda vez que consciente e deliberadamente violamos a lei moral. Pelo pecado deixamos de amor a Deus. Desviamo-nos – ou até mesmo retrocedemos – da meta da nossa vida que é fazer a vontade de Deus.

w        Pecado mortal é a rejeição fundamental do amor de Deus. Por ele a presença da graça divina é retirada do pecado. Mortal, que dizer aquele que causa a morte. Este pecado mata a vida e o amor divinos na pessoa que peca. Para que o pecado seja mortal, deve haver (1) matéria grave, (2) reflexão suficiente, e (3) pleno consentimento da vontade.


w        Pecado venial é uma rejeição menos séria do amor de Deus. Venial significa aquele que se perdoa facilmente. O pecado é venial quando a falta não é grave, ou – se a matéria é grave – a pessoa não está suficientemente cônscia do mal existente, ou não consente plenamente o pecado.

w        O pecado venial é como uma doença espiritual que magoa mas não mata a presença da graça divina dentro da pessoa. Pode haver graus de gravidade no pecado, como as diferentes doenças podem ser mais graves ou menos graves. mesmo os pecados menos graves não devem ser considerados levianamente. Pessoas que se amam não querem ofender uma à outra de maneira alguma, nem sequer do modo mais insignificante.

w        Para haver pecado, de qualquer gravidade, não é preciso que haja ações. Pode-se pecar por pensamento ou desejo ou por omissão de fazer algo que devia ser feito.

w        Deus perdoa qualquer pecado – mesmo os mais graves – um sem número de vezes, se a pessoa está realmente arrependida.

w        Quem se considera em pecado mortal deve confessar tal pecado e reconciliar-se com Cristo e com a Igreja, antes de receber a Santa Comunhão (1 Cor 11, 27-28)

B)      Pecado pessoal e mal social

w        Os padrões do mal podem ser institucionalizados. Por exemplo, a injustiça pode vir a ser parte do modo de viver de um grupo, sendo incluída nas leis e nos costumes sociais. Esses (padrões), numa reação em cadeia, contaminam as atitudes e ações das pessoas naquele ambiente. A influência desses padrões pode ser tão sutil que as pessoas neles comprometidas podem efetivamente não ter consciência do mal que provocam.

w        O mistério do pecado original tem uma dimensão social, e a cooperação em padrões de pecado intensificam presença do mal no mundo. Contribui para o sofrimento humano. Por isso, o Vaticano li faz questão de enfatizar – especialmente durante o tempo penitencial da quaresma – "as conseqüências sociais do pecado" (Constituição Sacrosanctum Concilium, sobre a Sagrada Liturgia, nº 109).

w        Quem se associa ao mal institucional torna-se "parte do problema" – um descendente atuante do Velho Homem, Adão. Quem resiste ou se opõe ao mal social torna-se "parte da solução" – alguém que vive da vida conquistada para nós pelo Homem Novo, Jesus Cristo.

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